Que a paz do Senhor e o amor da Mãe de Deus estejam sempre em seu coração!
“Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para exortar a celebrar o ‘Dia da Paz’, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 01 de janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a Paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro¹ .” Com estas palavras o Papa Paulo VI iniciou a mensagem do primeiro dia do ano de 1968, fazendo com que esse dia fosse celebrado por todos como o Dia Mundial da Paz.
De fato, o desejo de sentir e viver a paz é inerente ao coração humano e se isso não acontece é porque alguma coisa não está no seu devido lugar. Qual pessoa na face da terra não deseja a paz? Quer seja no sentido mais amplo, quer seja o sentido mais específico, o desejo pela paz é um sinal de equilíbrio psíquico e espiritual
Paulo VI chama a atenção para que não deixemos que o desejo pela paz seja reduzido a uma retórica de palavras, que, embora sejam bem aceitas em geral, corre o risco de “dissimular o verdadeiro espírito e reais intenções de Paz”. O Pontífice retoma muitas coisas que são próprias dos valores humanos e sociais, como a sinceridade, a justiça, o amor, nas variadas relações: entre governantes, estados, nações, cidadãos. Ele ajuda-nos a compreender que a paz não é fuga das responsabilidades, não se reduz ao pacifismo, não esconde uma concepção preguiçosa da vida, mas proclama os valores mais elevados e universais da vida: verdade, justiça, liberdade e amor.
Na beleza das palavras do Papa encontramos um reflexo dos ensinamentos cristãos que podem ser vividos por todos, mesmo aqueles que não professam uma fé religiosa. De nossa parte, cabe o esforço, que na verdade, em si mesmo já é profundamente satisfatório, para sentir e semear a paz. O desejo de que o mundo celebrasse o Dia Mundial da Paz, no âmbito de cada indivíduo, mas também coletivo, não teve a pretensão exclusiva do catolicismo ou da religião e parece que isso se realizou, pois, de fato, o que comumente encontramos nessa data é uma extensão de votos e desejo pela paz, manifestados nas mais diversas situações e lugares.
Desejo a todos um ano de 2020 mais repleto do amor e da paz de Deus e que possamos estar mais empenhados na realização da Palavra de Deus, que em muitos versículos destaca a paz: “Glória a Deus nos céus e paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc 2,14); “a paz esteja convosco” (Lc 24, 36); “porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e gozo no Espírito Santo” (Rm 14,17).
Lembremos ainda que nós, católicos, celebramos Maria, Mãe de Deus, no dia primeiro de janeiro. Que o amor da Mãe de Jesus e nossa Mãe nos inspire na escuta e obediência à vontade do Senhor. Feliz 2020!
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